Rádio
segunda-feira, 29 de março de 2010
Novas notas de R$
sexta-feira, 26 de março de 2010
Vaticano rebate mais acusações do 'New York Times' contra o papa sobre abusos
O Vaticano desmentiu nesta sexta-feira (26) as informações publicadas pelo jornal "New York Times", que afirmam que o cardeal Joseph Ratzinger, atual papa, não fez nada para impedir em 1980 que um padre acusado de pedofilia retomasse o sacerdócio em uma outra paróquia na Alemanha, um dia depois de revelar um caso parecido ocorrido nos Estados Unidos.
"O artigo do "New York Times" não possui informações novas. O arcebispo (de Munique) confirma que o então arcebispo (Joseph Ratzinger) não estava a par da decisão de reintegrar o padre H. nas atividades pastorais da paróquia", afirma o Vaticano em um comunicado.
Segundo o jornal, no final de 1979 em Essen, Alemanha, o padre Peter Hullermann foi suspenso após várias queixas de pais que o acusavam de pedofilia. Uma avaliação psiquiátrica ressaltou os instintos pedófilos, indica o diário americano.
Algumas semanas depois, em janeiro de 1980, o cardeal Ratzinger, futuro papa Bento XVI, que era na época arcebispo de Munique, dirigiu uma reunião durante a qual a transferência do padre de Essen para Munique foi aprovada. O futuro pontífice recebeu alguns dias depois uma nota na qual foi informado de que o padre Hullermann havia retomado o serviço pastoral.
Em 1986, este padre foi declarado culpado de ter agredido sexualmente meninos em uma outra paróquia de Munique, após a transferência para a cidade bávara.
Nesta semana, novas acusações de pedofilia vieram à tona, envolvendo o início e o fim de seu sacerdócio.
Pelo segundo dia seguido, o "New York Times" revela documentos comprometedores para o Vaticano. Na quinta-feira, o jornal revelou que o futuro Papa Bento XVI havia acobertado abusos sexuais de um padre americano, acusado de ter abusado de 200 crianças surdas de uma escola do Wisconsin (norte dos Estados Unidos). O Vaticano saiu em defesa do Papa afirmando que ele só teve conhecimento dos fatos quando era tarde, quando o idoso sacerdote já estava muito doente.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Arcebispo austríaco pede à Igreja reflexão sobre celibato
"Os tempos e a sociedade mudaram. Por isso, a Igreja deve se perguntar se pode manter este modo de vida ou se algo deve mudar", declarou Kothgasser em uma entrevista à rádio pública austríaca ORF-Salzburgo.
O arcebispo expressou sua "vergonha" pela Igreja católica, "sobretudo pela dor que os sacerdotes causaram" às crianças abusadas.
Desde terça-feira, uma série de casos de abusos sexuais no seio da Igreja católica austríaca foram revelados pela imprensa, após casos similares na Alemanha e Holanda e, anteriormente, na Irlanda e nos Estados Unidos.
O cardeal arcebispo de Viena, Christoph Schonborg, estimulou na quarta-feira a igreja a analisar as causas dos abusos sexuais cometidos pelos religiosos, citando entre outras razões o celibato, ainda que não tenha questionado a norma.
O celibato dos sacerdotes é, entre as religiões monoteístas, uma regra exclusiva da religião católica. Se trata de uma tradição secular que o Vaticano se recusa a questionar.
Fonte: Terra