Rádio

domingo, 23 de outubro de 2011

Bombardeio de Manaus

Bombardeio de Manaus - centenário

Vista aérea de Manaus, cerca dez anos depois do Bombardeio.
Há um acontecimento na história amazonense ao qual se tem dedicado pouca importância. Quando se afirma que Manaus foi bombardeada, em 1910, a impressão que passa é que se está blefando. Foi exatamente essa a reação que expressou o filho universitário quando comentei com ele sobre essa postagem.É, pois, sob essa emoção que hoje se comemora o primeiro centenário doBombardeio de Manaus.

Não se pode reduzir o violento episódio à responsabilidade única do então senador Pinheiro Machado (1856-1915), como registram compêndios escolares. Apesar de se saber que o senador gaúcho dominava o poder legislativo federal, e possuía forte influência no Executivo. Seria um precursor do finado baiano ACM (Antonio Carlos Magalhães)Tanto esforço bélico empregado no Amazonas, fora a solucão mais insensata para encerrar uma desavença política. O objetivo do canhoneio foi enxotar em definitivo o governador Antonio Bittencourt (1853-1926).Bittencourt serviu por longo período aos governos do Amazonas, com mais intensidade a partir do governo de Silverio Nery (1900-1904). Eleito senador em 1903, não conseguiu aprovação, posto que Pinheiro Machado "elegeu" em seu lugar o barão de Ladário. Em 1908, Bittencourt assume o governo do Estado. Em outubro de 1910, todavia, os mais notórios embaraços do governo de Antonio Bittencourt atingiram o ápice, ocasião em que as forças federais promoveram o Bombardeio de Manaus. O intento foi temporariamente alcançado, pois o Governador ausentou-se do Estado aproximadamente por vinte dias, ou seja, até que a Justiça Federal ordenou sua reintegração no governo do Amazonas.Nesse dia, o governador Bittencourt "resistiu até o final da tarde, quando o corpo consular e a Associação Comercial o convenceram a ceder". Em defesa da legalidade há notícias de que várias autoridades e homens ilustres pegaram em armas. Aliaram-se à Polícia Militar do Estado, da qual, no enfrentamento, morreram dois praças.Bittencourt viajou para Belém (PA), onde aguardou a decisão da justiça superior do País. Ao regressar, assumiu o governo das mãos do vice-governador Antonio Sá Peixoto. Em deferência aos mortos, mandou erigir um mausoleu em reverência aos praças mortos em 8 de outubro de 1910. Há cem anos!
Quartel da Polícia Militar, ao tempo do Bombardeio
Fonte: http://catadordepapeis.blogspot.com/2010/10/bombardeio-de-manaus-centenario.html

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Centenário de Carauari Amazonas

100 Anos de Carauari-AM

Jantar do centenário reuniu carauarienses em Manaus

Aproximadamente 80 carauarienses estiveram reunidos no último sábado, dia 27 de agosto, no restaurante O Lenhador, situado à Avenida do Turismo, em Manaus, para comemorar os cem anos de emancipação política daquele município, que ocorrerá em 27 de setembro de 2011.

Entre os convidados estavam filhos ilustres, como o cantor Zezinho Corrêa (Grupo Carrapicho), nascido no seringal Imperatriz, zona rural de Carauari; além dos ex-prefeitos José Pinheiro, e José Alfredo (Prefeito mais novo de Carauari, de 1969 a 1973), e do ex-vice-prefeito Miberwal Jucá, hoje, presidente do Comitê Executivo do Centenário do Município de Carauari em Manaus, além do jornalista da Rádio Boas Novas em Manaus, Johnnys Moura (primeiro jornalista filho de Carauari, profissional e diplomado pelo Uninorte).

Antes do jantar, um dos anfitriões, Miberwal Jucá fez questão de fazer apresentação dos convidados, citando nomes, relatando casos curiosos e, por vezes, engraçados; trazendo à lembrança dos presentes à festa, aquele ar de saudade dos familiares que ainda moram na princesinha do Juruá, como é conhecida Carauari, e, fazendo menção de pessoas que contribuíram para a História da cidade, mas que não estão mais entre nós.

Num dos momentos mais marcantes do encontro, quando foi cantando o Hino de Carauari, os convidados (carauarienses) ficaram de pé, em respeito a um dos maiores símbolos do município (que oficialmente são a Bandeira, o Selo, as Armas, as Cores, e, mesmo não oficialmente, o Hino também é um símbolo).

Após todos, empolgados, cantarem o Hino de Carauari, uma novidade foi anunciada! O Hino do Centenário de Carauari, que ficou impecável na belíssima voz da Cantora Ketlem Nascimento, um dos maiores talentos que esta cidade já teve; chegando, inclusive, a se apresentar em rede Nacional, no programa do Faustão.

Um dos objetivos do jantar, além de fazer parte dos festejos, era reunir os carauarienses que vivem em Manaus, para matar saudades, e, também, levantar recursos para enviar um grupo de jovens atletas carauarienses, residentes na capital, para participar dos festejos do centenário desse município da Região do Rio Juruá, distante de Manaus 780,0 km em linha reta e 1.676,0 km por via fluvial.

“Carauari rumo ao centenário avante vai!”

PROGRAMAÇÃO DO CENTENÁRIO

Fonte: http://carauariemfoco.blogspot.com

No dia 27 de setembro de 2011, Carauari-AM contemplará 100 anos, o primeiro centenário do município. Está sendo preparada uma grande festa de comemoração. Na verdade essa festa já começou, em julho, foi realizada a pré abertura das comemorações com o festival cultural realizado pelas escolas municipais com abordagens à temas do centenário, especialmente sobre o primeiro ciclo da economia do município, com a exploração da borracha; a festa do agricultor.

E ainda em agosto, foi feita uma apresentação cultural feita pelas escolas da rede estadual, também com abordagem a temas do centenário. O Objetivo é possibilitar que um grande número de alunos tanto da rede municipal quanto da rede estadual e toda a comunidade escolar, tenham acesso à riqueza de nossa história cultural ao longo desses 100 anos.


No dia primeiro de setembro será realizada a abertura oficial das comemorações do centenário. Neste ato acontecerá a corrida do fogo simbólico, envolvendo os alunos da rede estadual de ensino e que dará também abertura aos jogos dos centenários.

Nas primeiras semanas do mês do centenário, serão realizadas 03 festas em bairros pólos da cidade. Na programação destas festas está previsto: durante o dia, a presença de todas as secretarias municipais nos bairros realizando o projeto de Ação Cidadã e durante a noite, acontecerão as festas culturais com apresentações culturais de artistas locais e escolhas das rainhas dos bairros que concorrerão à Miss Centenário do município. E na semana do centenário serão realizados os jogos do centenário e 05 dias de festas durante a noite, na praça central do município.

23 de setembro: culto ecumênico de Ações de Graças com apresentações de músicas gospel; e a noite dos visitantes.

24 de setembro: condecoração de 100 personalidades que contribuíram com o desenvolvimento do município ao longo desses 100 anos; o lançamento do livro: Carauari em meus versos e uma apresentação teatral da história de Carauari.

25 e 26 de setembro: será lançado o I Festival da Floresta de Carauari.

27 de setembro: o dia do centenário, terá uma grande festa de comemoração, com um belíssimo show em homenagem à cidade, à sua história e a este povo guerreiro, que desbravou essa história. Neste dia será feita a escolha da miss centenário, premiações e apresentações de bandas musicais locais e regionais.

Como atração nestas comemorações ocorrerá as apresentações dos artistas filhos de Carauari, como Ketlen Nascimento, Zezinho Corrêa e Disuzy (cantora evangélica).

Um dos grandes destaques também será a realização do I Festival da Floresta. O tema foi escolhido por que nós podemos dizer que os 100 anos da história de Carauari, são 100 anos de preservação. Carauari é um município muito rico em recursos naturais, com um grande potencial pesqueiro, madeireiro, uma grande diversidade de animais, de aves; o forte de sua economia sempre foi o extrativismo, a começar com o ciclo da borracha.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Hino de Carauari




Carauari, és brasileira
Terra de minhas razões
Que teus filhos altaneiros
Sejam sempre soberanos
No progresso e na união

O teu sacado sereno
Caprichos do rio juruá
Criação da natureza
Em momentos singular

No verão tuas vazantes
Que se mostram prazenteiras
Desafiam tuas barrancas
Com promessas alvissareiras

Carauari, rio juruá
Terra boa para se cantar
A nossa voz no meio da floresta
Em nossa volta a natureza em festa

Carauari, no amazonas
És beco de tradições
Para tantos que te amam
Nordestinos os teus filhos
Tem raízes no teu chão

Batata vinda do céu
Teu nativo te chamou
Com sua sabedoria
O teu solo abençoou

Carauari, és brasileira
Terra de minhas razões
Que teus filhos altaneiros
Sejam sempre soberanos
No progresso e na união

O teu sacado sereno
Caprichos do rio juruá
Criação da natureza
Em momentos singular

No verão tuas vazantes
Que se mostram prazenteiras
Desafiam tuas barrancas
Com promessas alvissareiras

Carauari, rio juruá
Terra boa para se cantar


domingo, 31 de julho de 2011

Artigo Pr. Samuel - 18

Prosseguindo para a vitória

Nas Olimpíadas de Inverno de 1994, em Lillehammer, na Noruega, quando a mão do patinador de velocidade Dan Jansen encostou no gelo, fazendo-o perder a corrida dos 500 metros, sua mulher, Robin, gritou: “De novo, Deus, por quê? Deus não pode ser tão cruel!”. Dan e sua esposa colocaram a culpa em Deus pelo seu infortúnio pessoal e se tornaram infelizes e amargurados.

Seis anos antes, nas Olimpíadas de Inverno em Calgary, no Canadá, Paul Wylie, em seu primeiro salto, viu que algo deu errado: sua mão tocou o gelo, e ele escorregou e caiu. Então, por uma fração de segundo, Wylie ficou diante de uma escolha: podia concentrar-se no erro e desistir, ou podia continuar patinando e fazer o melhor que pudesse.

Ele contou que, naquele momento, este Salmo veio à sua mente: “O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão” (Sl 37.24). Wylie continuou sua apresentação e decidiu patinar “de todo o coração, como para o Senhor” (Cl 3.23). Quando terminou, a plateia irrompeu num aplauso entusiasmado, reconhecendo sua coragem e determinação.

No esporte como na vida, podemos reagir como Dan Jansen e sua esposa, colocando a culpa em Deus e seguindo amargurado pela vida; ou como Paul Wylie, levantando e reafirmando a sua fé na vida e continuando a contar com a ajuda de Deus.

Se formos derribados por causa de um mero acidente ou por conta de um ataque poderoso, se um ente querido ficar doente ou morrer, se perdemos o emprego ou somos ignorados numa promoção, enfim, diante de qualquer infortúnio na vida, temos pelo menos essas duas opções de escolha.

Porém, uma coisa é certa: quem confia em Deus jamais será totalmente derrotado, porque sabe que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). Esse é seu “certificado de garantia”.

Ademais, mesmo que tenha uma ou outra batalha perdida, sabe que a guerra será finalmente vencida, se tão somente seguir em frente confiando em Deus e fazendo a Sua vontade.

A cada mudança de ano, a vida desfila diante de nossos olhos da mesma maneira: lembranças. Lembramos dos sucessos e celebramos; lembramos dos insucessos e ficamos frustrados. A reação varia de pessoa a pessoa, mas alguns se deixam ficar prisioneiros das próprias lembranças amargas por acharem mais fácil colocar a culpa em Deus.

Para esses a vida estanca e perde o sabor. Desistem de crer e de planejar, preferem o “deixa como está para ver como é que fica”. E por fim se perguntam: “Vale a pena viver?” Para elas, tanto faz, tudo é a mesma coisa: dor, frustração, perdas, amargura.

Há outros que, no afã de seguir em frente, fazem novas promessas a si próprias: fazer ginástica; aprender uma nova língua; fazer um novo curso; mudar para um emprego melhor ou buscar uma promoção; ler a Bíblia toda no ano; ir à igreja; fazer caminhadas; fazer um check-up; ficar mais tempo com as crianças; dar mais atenção à esposa; gostar mais da sogra; ler tantos livros por mês; ser uma pessoa melhor.

São promessas que não necessariamente precisam ser cumpridas, mas que funcionam como um referencial na vida agitada que levam.

Invariavelmente, o que fica é a certeza de que todos nós precisamos de algo que nos oriente, norteie e dê sentido à vida.

Não sei de suas metas e nem conheço os seus sonhos, mas sei de alguém que pode ajudar você a alcançá-los. Entre o início e o fim de cada luta, em cujo caminho você certamente passará por situações difíceis, apertadas ou dolorosas, você poderá contar com Jesus. Ele ajudará você a conhecer a importância de todo o bem que Deus quer lhe dar.

Se quisermos seguir em frente para conquistar terrenos nunca antes pisados, teremos de ter determinação e esforço, mas precisamos da ajuda de Jesus, sabedores de que a vitória plena não pode prescindir da ajuda do Senhor.

No ano do Centenário da Assembleia de Deus, conclamo a todos os assembleianos que mantenham a confiança no Senhor Jesus, certos de que Ele nos ajudará a cumprir toda a nossa missão na presente geração e nos levará à vitória plena.

Esta é a minha oração: “Prossiga para a vitória, pois o Senhor Jesus guardará você de todo mal; guardará a sua alma. Assim como guardou a sua saída de 2010, guardará a sua entrada em 2011, do início ao fim”.


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br/

Artigo Pr. Samuel - 17


O povo de Israel viveu escravizado no Egito por quatro séculos, mas foi libertado pela mão poderosa de Deus, que levantou e capacitou Moisés para essa tarefa impossível. Após o juízo de dez pragas sobre a nação egípcia, Israel saiu enriquecido da terra com mui grande despojo. Perseguido pelo exército egípcio, milagrosamente viu diante de si o Mar Vermelho se abrir, e o atravessou a pés enxutos. Todo o exército inimigo sucumbiu quando o mar se fechou.

Enfim, a gloriosa liberdade! Muito embora tivesse Israel de enfrentar o inóspito e causticante deserto do Sinai, durante quarenta anos Deus alimentou o povo com o Maná que descia dos céus, assim como fez sair água da rocha para saciar sua sede. Durante o dia, Deus protegia Israel do sol inclemente com uma nuvem; e de noite, com uma coluna de fogo. Todo aquele povo presenciou várias manifestações da glória de Deus, recebeu os Dez Mandamentos, e durante quarenta anos ninguém adoeceu nem teve a roupa desgastada.

Seria possível que esse mesmo povo se esquecesse de Deus?

Ora, Israel não somente se esqueceu de Deus, mas também se voltou para adorar ídolos mudos, surdos e inoperantes de outros povos. O problema é que, tão logo esqueciam de Deus, muitas, muitas coisas ruins aconteciam.

O escritor e filósofo russo Alexander Soljenitsyn disse: “Quando criança, lembro-me de ter ouvido os mais velhos do meu povo apresentarem a seguinte explicação para os grandes desastres que recaíram sobre a Rússia: Os homens esqueceram-se de Deus. Por isso tudo aconteceu. Desde então, passei quase 50 anos trabalhando na história da revolução comunista. Se me pedissem que eu enumerasse hoje, de forma concisa, as principais causas da revolução que dizimou quase 60 milhões de vidas, não poderia explicar de forma mais precisa, senão repetir: Os homens esqueceram-se de Deus. Por isso tudo aconteceu”.

Se essa afirmação “profética” fosse proferida por teólogo ou religioso, certamente não teria o alcance e a repercussão que teve. Mas o que Soljenitsyn afirmou a respeito da Rússia, historicamente falando, pode ser dito a respeito de várias nações e povos ao redor do mundo.

O escritor Don Richardson, em seu livro “Fator Melquisedeque”, mostra que vários povos tiveram um conhecimento prévio de Deus e como muitos o esqueceram.

Quando os gregos enfrentaram uma praga que dizimava sua população, o profeta cretense Epimênides os orientou a elevar altares “ao Deus desconhecido”, que habitava nos céus. Mesmo com pouca revelação, os gregos se voltaram para Deus, e a praga cessou. Mas o tempo passou e eles se esqueceram de Deus.

O apóstolo Paulo, séculos depois, anunciou o evangelho no Areópago, em Atenas, apontando para um desses altares, dizendo: “Porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio” (At 17.23).

Os cananeus eram notórios por sua idolatria, sacrifício de crianças, homossexualismo legalizado e prostituição sacralizada nos templos. Foi dentre eles que surgiu um homem chamado Melquisedeque (melchi, rei; zadok, justiça), rei de justiça, um nome aparentemente impróprio diante de um povo tão devasso. Mas foi esse homem que abençoou a Abraão, o pai da fé. Ele era grande e tinha uma revelação de Deus tão especial que o sacerdócio de Jesus não foi estabelecido segundo a ordem dos levitas (de Levi, bisneto de Abraão), mas segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 7.17). Depois, os cananeus também se esqueceram de Deus.

Pachacuti foi rei da incrível civilização inca, quando o império chegou ao seu apogeu (1471 d.C.). O povo inca adorava o sol. Pachacuti chegou à conclusão que o sol (Inti) não era o verdadeiro Deus, pois se fosse, nenhuma coisa criada teria o poder de reduzir sua luz. Então, concluiu que havia um Deus nos céus, criador de tudo, a quem chamou de Viracocha, que significa Senhor Onipotente.

Para não desagradar os sacerdotes de Inti, Pachacuti concordou que Viracocha seria adorado somente pela nobreza, não pelo povo comum. Quando os espanhóis chegaram, a elite inca pensava que eles traziam a mensagem de Viracocha. Mas os espanhóis destruíram todos os nobres incas, e o resto do povo ficou sem o testemunho do Senhor. Deus foi esquecido.

Desperta Brasil! Não seria a hora de nos voltarmos para Deus? Brasil, lembra-te do teu Criador, sabendo disso: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”.


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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Artigo Pr. Samuel - 16


Há muitos anos, o evangelista Billy Graham e sua esposa presenciaram dois exemplos típicos em uma ilha do Caribe, que os ajudaram a entender em que consiste a verdadeira grandeza de uma pessoa.

Um dos homens mais ricos do mundo, de 75 anos de idade, os convidara para almoçar em sua mansão. No decorrer da refeição ele esteve à beira de cair em prantos. “Sou o homem mais infeliz do mundo”, disse. “Ali está o meu iate. Posso ir a qualquer lugar que quiser. Tenho um avião particular e helicópteros. Tenho tudo o que quero para me fazer feliz. E mesmo assim sinto-me um desgraçado”.

O evangelista conversou e orou com ele, na tentativa de levá-lo a Cristo, o único que dá significado à vida.

Após o almoço, o evangelista e sua esposa desceram a colina rumo ao pequeno chalé onde estavam hospedados. Naquela tarde, o pastor de uma igreja local foi visitá-los. Ele também tinha 75 anos. Era viúvo e passava a maior parte do tempo livre cuidando de duas irmãs inválidas. Sua figura fazia lembrar a de um grilo – sempre saltando aqui e ali, pleno de entusiasmo e amor por Cristo e pelas pessoas. “Não tenho dinheiro”, ele disse com um sorriso, “mas sou o homem mais feliz desta ilha”.

Momentos depois, o evangelista perguntou à sua esposa: “Qual dos dois é o homem mais rico?” Ele nem a esperou responder, pois ambos sabiam quem era verdadeiramente grande.

Em que consiste a verdadeira grandeza? Durante séculos, os títulos de nobreza serviram para identificar quem era quem em muitas sociedades. Isso, na maioria das vezes, tinha a ver com a origem da pessoa, seu nascimento numa família de posses e importância política. Mas já vai longe esse tempo, do qual temos apenas uma vaga noção.

Hoje, algumas publicações costumam identificar o valor e a grandeza de uma pessoa, todavia utilizando-se de expedientes que excluem a maioria dos mortais. Posses, posição social, fama e prestígio político continuam na ordem do dia. O mundo mudou, mas a questão continua a bater à porta de nossa consciência.

Billy Graham, em sua autobiografia, disse: “Não se mede a grandeza de uma pessoa pelos títulos ou riqueza que acumulam. A verdadeira grandeza deve ser medida pelo caráter interior da pessoa, ou seja, seus valores e princípios morais”.

A questão da aferição de quanto vale cada pessoa não é algo a ser deixado para o final da vida. Ninguém sabe a hora do próprio fim. Para uns, vem cedo. Para outros, bem mais tarde. De qualquer modo, isso aponta para a necessidade de a vida toda ser uma preparação para esse momento crítico e certo.

O que fazemos da vida, contudo, é que apontará se acumulamos valores morais e espirituais que definirão a nossa grandeza e largueza de alma.

Atribui-se ao Barão de Itararé a seguinte frase: “Da vida só se leva a vida que se levou”. Assim, bem no ponto em que cada um de nós está nesse exato momento na vida, é bom fazer um balanço para ver o que realmente sobra da vida que temos vivido. Isso tem a ver com o sentido que estamos procurando encontrar na própria vida.

O que então estamos a procurar? Qual o sentido da vida? O que pode nos conferir a verdadeira grandeza?

Alguns vivem confinados ao passado, presos a suas lembranças, boas ou más, mas incapazes de viver o presente com a utilidade que a vida requer. Outros, sonhadores que são, vivem com o pé no futuro, sempre esperando e buscando, mas nada fazendo de concreto para darem um propósito à própria vida.

É preciso viver a vida, aqui e agora, de uma maneira digna e produtiva, cujos valores morais e espirituais sobrepujem em muito a mesquinhez da aferição que títulos, posses, fama e quaisquer outras coisas possam tentar conferir.

Felizmente, é o próprio Deus que dará a palavra final nessa questão de quem é verdadeiramente grande, não o homem. Haverá um dia em que todos os mortais estarão em Sua presença santa, para darem conta da vida que levaram. O que sobrará então?

A Bíblia diz: “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo” (Rm 8.1). A verdadeira grandeza consiste em conhecer a Cristo e servir ao próximo (Mc 10.43). Então, comece por entregar sua vida a Cristo, pois viver em Cristo, por Cristo e para Cristo, amando e servindo ao próximo, é que confere verdadeira grandeza a uma pessoa.


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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Artigo Pr. Samuel - 15


A receita nossa de cada dia

Alguma vez você já receitou alguma coisa a alguém? Sabe se essa pessoa a seguiu? E quantas vezes deixou, você mesmo, de seguir uma receita, inclusive de um médico?

Pois é, certa feita ouvi a respeito de um homem que resolveu consultar-se com um médico. Hipertenso e com insônia, estava à beira de um colapso. Após os exames, o médico forneceu-lhe uma receita detalhando instruções de dieta e uma tabela de exercícios físicos.

Tempos depois, o homem retornou ao consultório, mas sem aparentar melhora. Surpreso, o médico perguntou-lhe: “Você praticou o que lhe recomendei?”

O homem, então, procurou explicar-se: “Olha, doutor, sinceramente eu achei suas orientações excelentes. Gostei tanto delas, que mandei fazer um quadro com a folha de instruções e pendurei-o na parede do meu escritório. Mandei fazer várias cópias, deixo-as em vários lugares para poder relê-las, e também as enviei por e-mail para vários amigos”.

Depois de uma pausa, continuou: “Acredite, doutor, vários deles gostaram tanto de suas sábias orientações, que hoje temos um grupo de discussões no nosso condomínio. Sempre estudamos em profundidade a importância de uma dieta saudável e da prática regular de exercícios físicos. Nós sentimos grande admiração pela sabedoria que há nas suas instruções”.

O médico parecia não acreditar no que estava ouvindo. Suas recomendações de algum modo haviam sido levadas a sério. Pasmo, pergunta ao paciente: “Quer dizer, então, que você e seus amigos estão fazendo juntos a dieta e os exercícios?”
E o homem, surpreso, responde: “Ih, doutor, e era pra fazer?”

O paciente da história acima pode até parecer tolo ou louco, mas precisamos admitir que de algum modo não poucos de nós procedemos de modo semelhante, temos em alguma extensão a mesma tolice ou loucura. Temos uma “receita” para alguma área da nossa vida, mas em vez de praticá-la, preferimos distribuí-la a outros, buscamos ocasião para discuti-las, mas tudo o que não fazemos é segui-la.

Permita-me deter-me no exemplo das igrejas tidas como cristãs, onde sempre a Palavra de Deus é lida e discutida. Pelo fruto que se vê em muitas vidas, o máximo que se pode depreender é que a “receita” é raramente praticada. Há inúmeras escolas bíblicas, seminários, grupos de estudos, escolas dominicais, missas, cultos etc., mas parece que a mensagem não é de todo absorvida e tampouco seguida.
No entanto, convém admitir que os mandamentos de Deus não foram escritos para que os achássemos lindos, os discutíssemos com os amigos, ou mesmo escrevêssemos sobre eles, embora nada disso, a princípio, seja incorreto. Mas parar nesse ponto é, no mínimo, falta de bom senso, pois eles foram feitos, de fato, para serem obedecidos e praticados.

Jesus não somente pregou, mas deu exemplo aos discípulos. “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes” (Jo 13.15,17).

Jesus também ensinou: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína” (Mt 7.24-27).

Tenho observado que muitos cristãos querem soluções imediatas e mágicas para os seus problemas. Não querem praticar a Palavra, querem simplesmente um “abracadabra espiritual”, sem que tenham de fazer mais nada.

Isso tem possibilitado o surgimento de muitos falsos profetas ensinando o que a Palavra de Deus não autoriza. Um ramo de arruda ali, um copo d’água acolá, um colete por um trocado, uma rosa por um bocado, sal groso para mau olhado... um pingo de óleo no rosto, uma fitinha para espantar encosto... segurar uma corda, adorar imagens, comprar bênção com promessas ou dinheiro, isso pode ser qualquer coisa, menos Evangelho verdadeiro.

De que o Brasil realmente precisa? Melhores políticos, melhores estadistas, bons profissionais? Com certeza! Mas o Brasil precisa mesmo é de brasileiros que conheçam a Deus e a Sua Palavra e a pratiquem, pois “feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” (Sl 33.12).

Se todos seguissem a “receita” da vida contida na Palavra de Deus, só então o melhor do Brasil seria o brasileiro.

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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Artigo Pr. Samuel - 14


Vivendo sob o signo da coerência

Certa feita, em Londres, um pastor pegou um ônibus, pagou a passagem, recebeu o troco e foi sentar-se. Ao contar o dinheiro, deu-se conta de ter recebido uma quantia maior que a devida. Decidiu, então, retornar e devolver o excedente ao cobrador. “O senhor me deu dinheiro a mais” – disse o pastor. O cobrador respondeu: “Eu sei. Estive ontem na sua igreja e o vi pregando sobre fidelidade. Eu só queria saber se o senhor vive o que prega”.


A primeira vez que ouvi essa história, tive inevitavelmente de perguntar a mim próprio se o que eu pregava batia com o tipo de vida que eu estava a viver. Isso é o mínimo que uma pessoa sensata pode fazer. Ou então, viver no limite inescrupuloso do princípio máximo da hipocrisia, que diz: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.


Todos sabemos que a ética nos ensina a viver sob o signo da coerência e que nossas ações devem, no mínimo, corresponder ao que falamos. Isto porque, independentemente da posição que ocupamos na sociedade, todos seremos cobrados quanto a isso. E quanto maior a posição, maior a cobrança. Como disse Jesus: “Àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão” (Lc 12.48).


Não apresentar coerência nesse ponto equivale ao resultado decorrente de limpar o lado de uma vidraça e deixar o outro sujo. A visão ficará sempre embotada. Desse modo, quando pessoas investidas de autoridade são um mau exemplo, porque as palavras não condizem com suas ações, isso causa uma deformidade no psiquismo coletivo de seu grupo social, gerando insegurança e instabilidade nas relações sociais.


No mundo, há inúmeros exemplos de partidos políticos que, enquanto pequenos e fora do poder, primavam pela pregação da coerência e exigiam de seus pares e opositores correção na coisa pública. Porém, depois que assomaram ao poder, não poucas vezes pisaram em tudo o que pregavam. Só restou aos sociólogos de plantão entender o que aconteceu na esteira de sua mudança radical em sentido contrário. Mas, no geral, isso pode indicar pelo menos duas coisas: ou pregavam o que não tinham ousadia para viver, ou passaram a viver o que não tiveram coragem para pregar.


Ora, se isso é, de certo modo, comum aos partidos políticos (pois todos eles são, vez por outra, colocados em xeque entre o que afirmam em seus programas de governo e o que fazem quando assumem cargos executivos), tal só se estabecele porque há uma tolerância de grande parte da sociedade.


Por exemplo, na época da eleição, os candidatos tentaram passar a impressão de que, uma vez eleitos, transformariam a vida num mar de rosas. Na campanha, houve “solução” para todo tipo de problema.


Porém, a hora de checagem da coerência chegou. Agora que a presidenta, juntamente como os novos governadores, deputados e senadores assumiram seus cargos, será fácil constatar se as promessas foram feitas para serem cumpridas, ou se os problemas permanecerão intocados até à próxima eleição.


Pergunta-se: o que anda errado com um país, quando suas lideranças mentem ou, por incoerência ética, dizem uma coisa e fazem outra? O que fazer quando juízes se colocam acima da lei, como a fazer valer que, embora todos sejam iguais diante da lei, são desiguais perante o juiz? O que dizer quando líderes religiosos, legisladores e educadores dizem uma coisa em público e fazem outra em privado?


Quando isso acontece, a pergunta que não quer calar é essa: que lições estamos a transmitir aos nossos filhos?


A Bíblia é riquíssima em orientações para que mantenhamos a coerência entre o que falamos e o que vivemos. Paulo questiona: “Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? (Rm 2.21,22).


Jesus afirma: “Seja, porém, o vosso falar: sim, sim; não, não” (Mt 5.37). O que Ele está dizendo é óbvio: as nossas palavras têm de estar sob o signo da coerência. Ou seja: quando empenhamos nossa palavra, temos de cumpri-la; nossas ações posteriores devem corresponder ao compromisso dessa mesma palavra.


Apenas como exemplo, devemos nos lembrar do que foi dito a um eloquente pregador, o qual vivia na incoerência de pregar bonito e viver na fealdade de detestáveis maus costumes: “O que vives fala tão alto que não consigo escutar o que pregas”.



Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe

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Artigo Pr. Samuel - 13


Fazendo as escolhas certas

Todos os dias temos de fazer escolhas. Isso não é sina, é livre-arbítrio. Se pudéssemos voltar atrás, declinaríamos de muitas delas, mas corroboraríamos outras tantas. O problema não é fazer escolhas, mas fazer as escolhas certas.

Na noite que antecedeu a crucificação de Jesus, dois discípulos seus escolheram se voltar contra Ele. Judas Iscariotes o traiu com um beijo, levando seus inimigos ao local onde o mesmo se encontrava. Pedro negou três vezes que o conhecia, não em um tribunal, mas na presença dos serviçais do sumo sacerdote.

Há uma coisa em comum entre esses dois discípulos: cada um fez a sua própria escolha. No entanto, há uma enorme diferença entre o que escolheram fazer em seguida. Judas, cheio de remorsos, saiu para enforcar-se. Pedro, imerso nas dores de sua alma, derramou amargas lágrimas de arrependimento. De qualquer modo, se um deles fosse você, afinal, que caminho escolheria?

A vida é assim, a toda hora temos de tomar decisões. Evidentemente, há aquelas coisas corriqueiras que requerem tomadas de pequenas decisões, a maioria das quais nem nos damos conta, como a escolha da roupa ou o que comer. Porém, há decisões vitais que testarão inexoravelmente a nossa habilidade de fazer escolhas adequadas, as quais definirão não somente a nossa satisfação pessoal, mas também o nosso destino.

O que geralmente é difícil de avaliar, na pesagem entre as escolhas certas e as erradas, é para onde a balança penderá no final das contas. Isso, todavia, é algo que a maioria das pessoas costuma evitar.

Muitos livros têm sido escritos para ajudar pessoas a tomarem decisões na vida. A maioria é de uma complexidade tão elevada que geralmente é inócua à maioria dos mortais. Mas há conselhos que podem nos ajudar nas nossas escolhas.

Há um poema, de autor desconhecido, que oferece conselhos simples e seguros de como coisas importantes podem merecer a nossa atenção e cujas escolhas a elas agregadas não são complicadas, que transcrevemos a seguir:

AMANHÃ PODE SER MUITO TARDE

“Se você está bravo com alguém e ninguém faz qualquer coisa para consertar a situação, conserte-a você. Talvez hoje essa pessoa ainda queira ser seu amigo e, se você não consertar, amanhã pode ser muito tarde.”

“Se você está apaixonado por alguém, mas a pessoa não sabe, diga isso a ela. Talvez essa pessoa também esteja apaixonada por você e, se não falar hoje, amanhã pode ser muito tarde.”

“Se você deseja mostrar o seu afeto e dar um abraço em alguém, então dê. Talvez essa pessoa também queira o seu abraço e, se você não fizer isso hoje, amanhã pode ser muito tarde.”

“Se você ama uma pessoa e acha que ela te esqueceu, diga isso a ela. Talvez essa pessoa sempre o amou e, se você não lhe disser hoje, amanhã pode ser muito tarde.”

“Se você precisa da amizade de alguém, deve abrir seu coração e dizer-lhe isso. Talvez ela precise disso mais que você e, se você não declarar hoje, amanhã pode ser muito tarde.”

“Se você realmente tem amigos aos quais aprecia, fale-lhes isso. Talvez também o apreciem e, se partem ou vão embora, amanhã pode ser muito tarde.”

Parece simples, mas tomar essas decisões exigirá sempre que enxerguemos para além do próprio nariz e nos concentremos na dignidade básica de uma alma que não se paute pela rasoura de desculpas banais.

Quando erramos, a coisa mais importante é o que fazemos depois. Se perdemos a cabeça e maltratamos um colega de trabalho... Se dissermos algo cruel a alguém da nossa família... Se nos damos conta de que estamos cheios de maus pensamentos... o que fazer depois?

Temos várias opções. Algumas tortuosas e erradas. Podemos arranjar desculpas para justificar o nosso mau comportamento, ou colocar a culpa em outra pessoa. Podemos também ignorar a Deus.

Temos também a opção de fazer a coisa certa. Ao errarmos contra alguém, ou ao pecarmos contra Deus, a primeira coisa a ser feita é reconhecer o próprio erro e pedir perdão. Podemos pedir a ajuda de Jesus, o nosso Advogado, e pedir perdão a Deus, confessando os nossos pecados.

Está escrito: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).

A maior decisão da vida, porém, refere-se à escolha que tomaremos em relação a Jesus. Aceitá-lo como Salvador, ou rejeitá-lo. Seguir o exemplo de Pedro ou o de Judas. Você vai fazer a escolha certa?


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Artigo Pr. Samuel - 12


Entre fábulas e ilusões do Carnaval

Em uma manhã ensolarada, conta a fábula, dois sabiás sobrevoavam com alarido um frondoso bosque. Uma sabiá dizia ternamente ao seu filhote como era maravilhoso uma ave poder voar a elevadas alturas. Todavia, o pequerrucho, em sua inexperiência, não escutava com atenção as explicações de sua mãe, pois estava a ouvir o tilintar distante de uma campainha que provinha de um campo florido.

Curioso, o pequeno sabiá pousou na relva, junto a uma vereda, onde descobriu a origem do sonido que tanto o atraía, produzido pela sineta de um carrinho de mão conduzido por um anãozinho, que apregoava a sua mercadoria: “Vendo minhocas! Duas minhocas por uma pena!”

Como o pequeno sabiá gostava muito de minhocas, sem nenhuma reflexão, tratou logo de arrancar uma pena de suas asas e a trocou por duas minhocas. No dia seguinte, o pássaro aguardou, ansioso, o sonido da sineta, e novamente realizou a estranha transação, evento que se repetiu várias vezes. Mas chegou o momento em que o pequeno sabiá bateu as suas asas, tentando alçar vôo, para retornar ao ninho, mas não conseguiu; estava preso à terra e condenado a arrastar-se, ao invés de voar. Havia trocado a sua liberdade por um punhado de minhocas!

Esta fábula traduz o estado de milhares, quiçá de milhões de vidas, que despenderão suas energias e depositarão suas parcas esperanças de alegria na folia momesca, quer seja como uma forma simplificada de extravasamento das emoções, ou pela sublimação de problemas de toda ordem.

Na quarta-feira de cinzas, quando se derem conta da troca que fizeram, ao acordarem em meio às suas próprias cinzas existenciais, sem saber como reconstruir o que foi devastado pelos exageros financeiros e físicos, ou pela devassidão moral e espiritual, por causa dos excessos a que se submeteram, muitos vão perceber que perderam o seu bem mais precioso: a liberdade! Infelizmente, outros perderão a própria vida!

O marketing fabulizado inerente ao mercantilismo do Carnaval visa unicamente a obter resultados financeiros – sendo quase sempre alheio ao bem estar dos brincantes – e procura escamotear o rastro de destruição e suas prolongadas consequências na sociedade.

Não poucos, como na fábula, trocarão “penas por minhocas”. Meninas se tornarão “mães do Carnaval”, pois nesta época um número considerável de adolescentes entre 10 e 15 anos engravida na primeira relação sexual. Daí para frente, muitas se entregarão à promiscuidade sexual, outras praticarão aborto, ou darão à luz os indesejáveis “filhos do Carnaval”, para depois abandoná-los nas creches ou nos juizados.

Este triste “fenômeno brasileiro” é uma realidade estreitamente relacionada com o Carnaval, o que por si só deveria nos fazer corar de vergonha. No rastro dessa “troca”, haverá a disseminação das doenças letais e sexualmente transmissíveis, que infectarão inocentes e ceifarão muitas vidas preciosas. Outros contrairão débitos financeiros, que perturbarão a paz de indivíduos e famílias, que forçosamente sentirão a falta destes recursos.

A imprensa tem registrado esses fatos, como lastro de um grande serviço prestado à sociedade, para nos fazer refletir, pois nesses informes há sabedoria e lições que servem para o presente e para o porvir. Nada justifica que, em nome do turismo ou de ganhos financeiros que a festividade possa garantir, tenhamos de pagar o preço de ver nossos jovens, nossas crianças, famílias inteiras, todos entregues à própria sorte; ou melhor, lançadas à mingua de suas próprias dores existenciais para um futuro incerto e coberto de vergonha.

Ah, se o pequeno sabiá soubesse o quanto lhe custariam aquelas “apetitosas” minhocas! Ah, se os nossos jovens soubessem o quanto pode ser perdido por uma troca irresponsável! Ah, se os nossos governantes soubessem o custo de tantas vidas destruídas com sua “bênção” oficial!

Eu estarei orando, assim como milhares de crentes em Jesus, para que muitos sejam poupados dessas desgraças e alcancem a verdadeira alegria, mas sem as futilidades ilusórias do Carnaval. Quando a máscara cair, quando os “sabiazinhos” carnavalescos ficarem frente a frente com sua própria realidade, saberão que as minhocas não valem a perda das penas nem da liberdade.

Oro pelos que têm sede de alegria e liberdade, para que se lembrem do que disse Jesus, aqui parafraseado: “Quem beber das águas salobras do Carnaval tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.13).

Volte-se para Jesus! Só Jesus pode dar alegria e liberdade verdadeiras!

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Artigo Pr. Samuel - 11


Um caçador das montanhas, conta a lenda, encontrou um ninho de águia, tomou um dos ovos e o levou para casa, colocando-o sob uma galinha que chocava seus próprios ovos. Cumprido o tempo, nasceram os pintinhos e também uma aguiazinha. A galinha criou os seus pintinhos e o filhote de águia, dedicando-lhes o mesmo cuidado. A aguiazinha aprendeu a ciscar e a comer a comida dos pintinhos, além de fazer tudo o mais que eles faziam. E foi crescendo e vivendo naquele terreiro como se fosse uma galinha.

Ela sequer imaginava que podia voar nas alturas e dominar os céus, pois, vivendo como galinha, não aprendera a voar. Certo dia, a pequena “águia de galinheiro” viu uma águia voando nas alturas, como se fosse a dona dos céus. Achou aquilo maravilhoso e até sentiu vontade de voar. Ela achegou-se à sua “mãe galinha” e perguntou-lhe sobre aquela ave que estava a voar tão lindamente nas alturas. Sua mãe respondeu-lhe que aquela ave era uma águia, a “rainha das aves” e que só ela conseguia voar tão alto. E acrescentou: “Isto não é para nós; somos apenas galinhas!”

Desse modo, a pobre aguiazinha, acreditando que fosse apenas uma galinha, viveu toda a sua vida naquele galinheiro, sem jamais conhecer as alturas.

Esta lenda funciona como uma poderosa parábola da vida de muitas pessoas, que de algum modo estão a viver em condições semelhantes. Em vez de voarem, arrastam-se pela vida, frustradas e infelizes, sem reconhecerem o que são, sem jamais experimentarem os dons que Deus lhes deu na vida.

Deus nos compara à águia, chamada de a rainha das aves, pois é a que voa mais alto; os seres humanos são chamados de coroa da criação de Deus. A águia tem um vôo impetuoso, como impetuosos são os homens. Ela habita nas alturas e em lugar seguro; espiritualmente falando, fomos feitos para habitar no esconderijo do Altíssimo e descansar à sombra do Onipotente (Sl 91.1). Ela é forte e rápida; e aqueles “que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Is 40.31).

O salmista Davi instava para que não esquecêssemos nenhum dos benefícios do Senhor: o perdão dos pecados, a cura das enfermidades, e o livramento do mal. Além do mais, indicava que a nossa força seria “renovada como a da águia” (Sl 103.1-5).

Embora não se tenha conseguido provar cientificamente a renovação da águia, há indicações bíblicas de que tal ocorra. A águia, assim como o homem, chega a viver setenta anos. Aos quarenta anos, ela experimenta grande decrepitude. Suas unhas estão compridas e flexíveis, o que a impede de agarrar as presas das quais se alimenta. O bico fica alongado e se encurva. Suas asas, envelhecidas e pesadas, em função da grossura das penas, tornam difícil a tarefa de voar.

Desse modo, a águia tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um penoso e longo processo de renovação. Esse processo consiste em se recolher a um ninho no alto de um penhasco, onde começa a bater com o bico na pedra até arrancá-lo; depois, espera nascer um novo bico, com o qual arranca suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. Depois de cinco meses, a águia está pronta para o vôo da renovação.

Embora muitas pessoas desejem mudar de vida, paradoxalmente, a maioria não quer mudanças. Continuam a fazer tudo do mesmo modo, como se pudessem obter resultados diferentes sem precisar agir de modo diferente. Há quem pense que seria feliz, se tão somente tivesse mais dinheiro ou bens; ou se talvez fosse outra pessoa.
Como na lenda da águia, o problema está naquilo que fomos criados para ser, não no que temos ou nas circunstâncias que enfrentamos na vida. Fomos criados para nos relacionarmos com Deus através de Jesus, que disse: “Eu sou o caminho... ninguém vem ao pai a não ser por mim”.

Esse é o ponto de partida, sem o qual a vida fica nebulosa e confusa, e tudo o mais perde o sentido. “Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17).

Não se deixe conformar com o que é medíocre, mas renove a sua mente para poder experimentar “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Sua vontade nos diz que renovar é preciso!

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Artigo Pr. Samuel - 10


Antes da Páscoa

A Páscoa está chegando e, talvez, algumas pessoas estejam se indagando sobre o que fazer antes dela; ou então, pensando em como deveriam se preparar. Quantos ovos de chocolate comprar? E os coelhinhos de pelúcia? E as comidas especiais?

Ora, nada contra coelhinhos e ovos de chocolate, ou comidas especiais, mas devemos perguntar: o que os mesmos têm a ver com a verdadeira Páscoa?

Antes da Páscoa, convém que considerarmos a simbologia envolvida nessa comemoração. Os símbolos atuais, além dos poderosos atrativos comerciais que possuem, de certa forma não fazem outra coisa senão ocultar o verdadeiro sentido dessa festa judaico-cristã. Isto porque nada diz sobre coelhinhos saltitantes, fala de cordeiros mortos e sangue; nada diz sobre ovos de chocolate, fala de ervas amargosas.

Os símbolos da Páscoa são deveras importantes. Um símbolo é importante em razão de sua forma (ou sua natureza) servir para evocar, representar ou substituir, num determinado contexto, algo abstrato ou ausente.

Originalmente, a Páscoa foi instituída como festividade símbolo da libertação do povo de Israel do Egito, no evento conhecido como Êxodo. O Senhor Deus disse que cada família deveria tomar um cordeiro, sacrificá-lo e comê-lo assado, junto com ervas amargosas. Depois, deveria ser passado o sangue do cordeiro nos umbrais e nas vergas das portas. O Anjo da Morte percorreria a terra e passaria por cima das casas que tivessem o sinal do sangue e pouparia os seus primogênitos. (Êxodo 12)

Dessa sequência de eventos origina-se o termo Páscoa (do hebraico pesah) que significa “passar por cima”, ou “poupar”. Depois que o povo de Israel saiu do Egito, Deus ordenou a celebração contínua da Páscoa como memorial dessa libertação.

Mas a mensagem da Páscoa, embora se reporte a um acontecimento distante na História, traz importantes lições, contidas nos seus próprios símbolos. Assim, a Páscoa continha um simbolismo profético, como “sombras das coisas futuras”, que apontava para a redenção efetuada por Cristo. O apóstolo Paulo afirmou: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7). O cordeiro morto era como um símbolo antecipado do sacrifício de Cristo na cruz pelos nossos pecados. As ervas amargosas simbolizavam o nosso arrependimento.

Em suma, a Páscoa simboliza três coisas: liberdade da escravidão, salvação da morte e caminhada para a terra prometida. Para os hebreus, isso tinha um sentido físico, pois havia a escravidão a ser subvertida, a morte iminente a ser suplantada e a terra a ser conquistada.

Para nós, há o sentido de natureza estritamente espiritual, pois precisamos ser libertados da escravidão do pecado, ser salvos da morte, e caminhar na certeza de que o céu, onde Cristo habita, é o nosso destino final.

Infelizmente, para não poucos, a Páscoa nem sempre é um processo de expressão de fé; ela diz respeito ao rigor religioso da proibição de comer carne vermelha e à obrigação de frequentar a igreja. Para muitos, apenas enseja a oportunidade de comer chocolate, muitos ovos de Páscoa.

Para outros, porém, representa mais que comilança, mais que simples religiosidade. Páscoa é libertação. Portanto, se você é escravo de algum vício ou deformação de caráter, lembre que Deus tem o poder de perdoar, de libertar e de salvar.

A Páscoa é para todas as famílias. Portanto, se a sua família enfrenta problemas, clame a Deus, pois Ele pode dar livramento e tornar o seu lar uma bênção. A Páscoa é para cada pessoa. Portanto, se a sua vida não tem sentido, Deus quer lhe dar uma direção segura e levá-lo a uma “nova terra” de novas oportunidades.

A Páscoa representa também contrição, arrependimento e gratidão pela obra redentora de Cristo. Sendo um aferidor da nossa comunhão com Deus, ela insta para que nos acheguemos mais a Deus, para buscá-lo “enquanto se pode achar”.

A Páscoa é muito importante para todos nós. Portanto, antes da Páscoa, precisamos fazer uma reflexão e verificar a posição em que estamos diante de Deus, se em comunhão ou distantes.

A Páscoa é um poderoso lembrete de que Cristo está vivo. Ainda ressoam nos umbrais da História a palavra dos anjos às mulheres: “Buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; Ele ressuscitou, não está mais aqui!” (Mc 16.6). O túmulo vazio é o mais poderoso símbolo a lembrar o quanto a Páscoa é importante!

Portanto, antes da Páscoa, lembre-se de que, antes de tudo, Deus ama você e quer lhe dar vida abundante em Jesus Cristo.

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Artigo Pr. Samuel - 09


Quando celebramos a Páscoa...

Ao chegar a Semana Santa, quando celebramos a Páscoa, temos sempre presente a opção de pensar no legado dessa festa de origem judaico-cristã e sobre a atitude que devemos ter para celebrá-la. Sabemos que muitos jamais o fazem. Assim, há os que celebram a Páscoa com a única preocupação dos quilos a mais que podem ganhar, obviamente por causa do excesso de chocolate.

Há também os que nutrem uma visão meramente comercial, com a possibilidade de bons negócios e dos lucros que possam auferir. Alguns poucos celebram-na sentindo-se mais próximos de Deus, contritos e arrependidos, mas com alegria espiritual e imensa gratidão pela obra redentora de Cristo. Outros há que não a celebram, antes a sofrem, se entristecerem, ou se privam das mínimas alegrias.

Quando pensamos em todas as movimentações que permeiam essa celebração e observamos os comportamentos e sentimentos demonstrados, podemos indagar o que Jesus poderia estar pensando das nossas motivações e atitudes. Será que Jesus se sente honrado com todas as manifestações que são feitas em Seu nome?

Sabemos que a Páscoa, originalmente, foi instituída como festividade símbolo da libertação de Israel do Egito, no evento conhecido como Êxodo. Nessa ocasião, um cordeiro era morto, comia-se sua carne numa reunião familiar, acompanhado de ervas amargosas e pão sem fermento. Essa celebração fazia parte da Antiga Aliança e apontava para o Cordeiro de Deus que seria morto pela humanidade.

Com Sua morte, Cristo instituiu uma Nova Aliança, celebrada com a Santa Ceia, comendo pão e bebendo vinho, que simbolizam o corpo de Jesus ferido e o Seu sangue derramado na cruz para salvar os pecadores.

Alguns religiosos colocam uma ênfase exagerada no sofrimento e morte de Cristo, como se a história tivesse parado nesse ponto, e nada falam da ressurreição. Em vez de alegria, há celebração da tristeza.

Ora, assim como a Páscoa dos judeus falava de libertação, também a Páscoa dos cristãos deveria falar alegremente da libertação que a morte e ressurreição de Cristo nos possibilitou. É isso que os evangelhos nos apresentam.

Por exemplo, no domingo, quando dois discípulos caminhavam para Emaús, com suas mentes embotadas pelos últimos acontecimentos da sexta-feira trágica, quando Jesus fora crucificado e morto, sua conversa girava acerca disso e de um novo “boato” que partira das mulheres.

O rumor de que Jesus havia ressuscitado se avolumava, mas debaixo de grande ceticismo. Nesse momento, Jesus se achega e pergunta o que lhes preocupava e sobre o que conversavam. Eles, perplexos, disseram: “És o único que, tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias?”

E Jesus, sendo o único que realmente sabia de tudo, perguntou: “Quais?” E eles continuaram: “O que aconteceu a Jesus, que era profeta, poderoso em palavras e obras, e como as autoridades o condenaram e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem havia de nos redimir; mas depois de tudo, é já este o terceiro dia, e nada aconteceu. E algumas mulheres disseram que ele ressuscitou. Alguns dos nossos foram ao túmulo e viram que estava vazio, mas não o viram” (Lc 24.13-35).

Ao usarem todos os verbos no passado, mostram que estavam presos no pensamento da morte, fixados nas trevas da tragédia da sexta-feira. Isso lhes roubava a luz da ressurreição do domingo. Por isso, a ressurreição, para eles, era apenas uma “conversa de mulheres”. Mas Jesus toma a palavra, os adverte, e cita as Escrituras a Seu respeito, dizendo que embora Sua morte estivesse predita, esta não seria a última palavra, mas sim a vida eterna que a Sua ressurreição traria a todos.

Essa é essencialmente a mensagem da Páscoa: Jesus vive! Infelizmente, ainda hoje, alguns continuam curtindo as dores da morte de Jesus. Outros ficam apenas chocados pela crueldade dos que mataram o Filho de Deus. Outros, mesmo sem bases bíblicas, celebram com a alegria rasa de chocolates e comilanças.

Anos de “poeira” histórica fizeram com que a real dimensão da Páscoa fosse perdida. O sacrifício do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo foi o maior ato do amor divino em prol da humanidade. Lamentavelmente, alguns se embriagam de futilidades e se esquecem da tragédia da cruz e da glória da ressurreição.

Quando celebramos a Páscoa, precisamos saber que não podemos viver nos mesmos pecados pelos quais Jesus morreu. Precisamos conhecer o poder da Sua ressurreição, pois Deus “nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pe 1.3). Só assim a Páscoa será feliz com Jesus!

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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