Rádio

segunda-feira, 29 de março de 2010

Novas notas de R$


Algumas notas da nova família do real já poderão vir a fazer parte da vida dos brasileiros a partir do próximo dia 20 de maio. Fontes ouvidas pelo R7 disseram que o Banco Central estuda a introdução do novo dinheiro entre o dia 20 de maio e a primeira semana de junho.

Pela programação do Banco Central, divulgada no início de fevereiro, as novas notas de R$ 100 e R$ 50 deveriam ser distribuídas no primeiro semestre; as de R$ R$ 20 e R$ 10, no segundo semestre deste ano; e as de R$ 5 e de R$ 2 só em 2012. O Brasil já passou por outras trocas, mas em contextos diferentes. As novas cédulas de real são diferentes das anteriores - mas ainda são cédulas de real. Entre meados da década de 80 até 1994, quando foi introduzido o real, o brasileiro teve que se acostumar com notas que perdiam zeros, mudavam de nome e surgiam em períodos em que o país passava por planos de estabilização que não funcionavam. Desta vez, o dinheiro continua o mesmo, sendo apenas uma troca “de moeda”, e não “da moeda”. É mais de uma mudança rotineira e em busca de mais segurança e conforto no manuseio do dinheiro, segundo o professor de finanças da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP (Universidade de São Paulo) Keyler Carvalho Rocha.

As cédulas e moedas que os brasileiros têm no bolso são fabricadas pela Casa da Moeda, uma empresa pública, que atende o Banco Central. A fábrica de cédulas da Casa da Moeda tem capacidade para produzir cerca de 2 bilhões de unidades por ano, operando em 2 turnos de trabalho. As matérias-primas, por sua vez, como tintas, papéis e outras, são fornecidas por empresas nacionais.


sexta-feira, 26 de março de 2010

Vaticano rebate mais acusações do 'New York Times' contra o papa sobre abusos


O Vaticano desmentiu nesta sexta-feira (26) as informações publicadas pelo jornal "New York Times", que afirmam que o cardeal Joseph Ratzinger, atual papa, não fez nada para impedir em 1980 que um padre acusado de pedofilia retomasse o sacerdócio em uma outra paróquia na Alemanha, um dia depois de revelar um caso parecido ocorrido nos Estados Unidos.

"O artigo do "New York Times" não possui informações novas. O arcebispo (de Munique) confirma que o então arcebispo (Joseph Ratzinger) não estava a par da decisão de reintegrar o padre H. nas atividades pastorais da paróquia", afirma o Vaticano em um comunicado.

Segundo o jornal, no final de 1979 em Essen, Alemanha, o padre Peter Hullermann foi suspenso após várias queixas de pais que o acusavam de pedofilia. Uma avaliação psiquiátrica ressaltou os instintos pedófilos, indica o diário americano.

Algumas semanas depois, em janeiro de 1980, o cardeal Ratzinger, futuro papa Bento XVI, que era na época arcebispo de Munique, dirigiu uma reunião durante a qual a transferência do padre de Essen para Munique foi aprovada. O futuro pontífice recebeu alguns dias depois uma nota na qual foi informado de que o padre Hullermann havia retomado o serviço pastoral.

Em 1986, este padre foi declarado culpado de ter agredido sexualmente meninos em uma outra paróquia de Munique, após a transferência para a cidade bávara.

Nesta semana, novas acusações de pedofilia vieram à tona, envolvendo o início e o fim de seu sacerdócio.

Pelo segundo dia seguido, o "New York Times" revela documentos comprometedores para o Vaticano. Na quinta-feira, o jornal revelou que o futuro Papa Bento XVI havia acobertado abusos sexuais de um padre americano, acusado de ter abusado de 200 crianças surdas de uma escola do Wisconsin (norte dos Estados Unidos). O Vaticano saiu em defesa do Papa afirmando que ele só teve conhecimento dos fatos quando era tarde, quando o idoso sacerdote já estava muito doente.


sexta-feira, 12 de março de 2010

Arcebispo austríaco pede à Igreja reflexão sobre celibato

A Igreja Católica deve refletir sobre uma possível reforma da norma do celibato dos padres, declarou o arcebispo de Salzburgo, Alois Kothgasser, no momento em que seu país enfrenta uma série de revelações de abusos sexuais cometidos por padres.

"Os tempos e a sociedade mudaram. Por isso, a Igreja deve se perguntar se pode manter este modo de vida ou se algo deve mudar", declarou Kothgasser em uma entrevista à rádio pública austríaca ORF-Salzburgo.

O arcebispo expressou sua "vergonha" pela Igreja católica, "sobretudo pela dor que os sacerdotes causaram" às crianças abusadas.

Desde terça-feira, uma série de casos de abusos sexuais no seio da Igreja católica austríaca foram revelados pela imprensa, após casos similares na Alemanha e Holanda e, anteriormente, na Irlanda e nos Estados Unidos.

O cardeal arcebispo de Viena, Christoph Schonborg, estimulou na quarta-feira a igreja a analisar as causas dos abusos sexuais cometidos pelos religiosos, citando entre outras razões o celibato, ainda que não tenha questionado a norma.

O celibato dos sacerdotes é, entre as religiões monoteístas, uma regra exclusiva da religião católica. Se trata de uma tradição secular que o Vaticano se recusa a questionar.

Fonte: Terra