Rádio

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

IX Semana de Comunicação’ da FBN reúne jornalistas e radialistas e promove compartilhamento de experiências



Fonte: https://amazoniapress.com.br/primeiro-dia-da-xi-semana-de-comunicacao-da-fbn-reune-jornalistas-renomados-e-promove-compartilhamento-de-experiencias/

FBN REALIZA IX SEMANA DE COMUNICAÇÃO COM ENCONTRO DE EGRESSOS DO CURSO DE JORNALISMO

Iniciou, nesta terça-feira (28), a “IX Semana de Comunicação da FBN – Encontro de Egressos do Curso de Jornalismo”, evento anual que promove uma troca de experiências entre estudantes, profissionais e apreciadores da arte da comunicação. O evento continua nesta quarta (29) e quinta-feira (30) na Faculdade Boas Novas (FBN) de Ciências Teológicas, Sociais e Biotecnológicas, que fica localizada na avenida Rodrigo Otávio, 1655, bairro Japiim, na Zona Sul da capital amazonense.
Nesse primeiro dia, o encontro proporcionou rodas de conversas com profissionais renomados da área jornalística que trilharam sua formação na Faculdade Boas Novas. Os egressos aproveitaram para compartilhar as suas experiências, desafios e conquistas, proporcionando uma visão única ao público presente sobre as transformações e oportunidades na área da comunicação. Com mediação do gerente da rádio Boas Novas, Johnnys Moura, a primeira roda de conversa da noite teve como tema principal “Ondas da Comunicação: Desvendando a atuação do jornalista no rádio”, com os convidados Guilherme Guedes (repórter/apresentador na Norte FM Manaus), Kássio Junior (produtor e repórter no Globo Esporte) e Priscilla Carneiro (repórter na Rádio Encontro das Águas).

Logo no início da primeira roda de conversa foi abordado sobre a evolução na forma de se fazer rádio, visto que, com o advento da internet e das mídias sociais, os meios radiofônicos passaram a ser mais interativos e dinâmicos, possibilitando o internauta/ouvinte a não só ouvir, mas também ver o que acontece nos estúdios de forma simultânea.

“O mercado atualmente, ele exige um jornalismo dinâmico, conversado, nada muito chato, pausado ou tenso. Ele tem que ser algo que chame a atenção de ouvinte, dê a notícia, mas de forma muito conversada”, disse o jornalista Guilherme Guedes.

Para complementar, a jornalista Priscilla Carneiro ressaltou “é importante ressaltar a diferença de fazer um texto para a Tv e para a rádio. Precisamos ter um certo cuidado com a maneira que vamos levar a informação, mas precisa ser sempre simples e direta, e não de uma maneira chula. Existem umas palavras mais difíceis, mas é sempre bacana pesquisar o significado antes para usarmos de uma forma mais simplificada e para que o caboclo que está lá no interior do Amazonas entenda a mensagem que estamos passando. É sempre muito bom fazer rádio”.

O mediador Johnnys Moura complementou ainda: “essa diferença de falar com o público do interior exige esse esforço maior para a compreensão e facilidade das palavras. Isso me lembra de uma autora que descreve que o rádio cria imagens mentais, visto que você descreve a cor, o cidadão, a cena e tudo para fazer com que o ouvinte, sem fazer o mínimo esforço possível, possa compreender e visualizar aquilo que o locutor está narrando. O locutor não fala só ‘para’, ele fala ‘com’ o ouvinte”.

Já o jornalista Kássio Junior falou um pouco sobre a relação entre rádio e esporte: “é muito estudo e muita concentração. Você vai descrever uma jogada em que o cara está lá na meia direita, tocou para fulado e depois fez o cruzamento… então, você tem que passar aquela emoção. Claro que também existem jogos chatos, Atualmente, com a internet, fazemos muitos jogos ‘offtube‘, no qual não vamos mais na arena e fazemos a narração de longe também por gerar menos despesas para a TV ou para a rádio. Não curto muito esse estilo, às vezes o jogo já está chato e nessa modalidade é mais chata ainda, mas temos que passar aquela emoção, aquela vibração na hora de narrar o jogo”.
Já a segunda roda de conversa teve a mediação do coordenador do curso de jornalismo da FBN e organizador do evento, Hernán Herrera, e abordou sobre “Fronteiras Digitais: Egressos da Faculdade Boas Novas desbravando o jornalismo online”, com a participação dos jornalistas Francisco Araújo (Ceo do portal Amazônia Press e presidente do grupo FA de Comunicação) e Patrícia Trigueiro (Ceo do portal Mix de Notícias).

Logo de início, o mediador Hernán Herrera destacou: “Se você resgata um pouco dessa história da internet, se percebe que toda vez que uma nova mídia chegou, se pensou que as outras iriam sumir. Então, quando chegou o rádio, todos falavam que o impresso acabaria. Quando chegou a TV, muitos pensavam que o rádio e o impresso deixariam de existir e com a internet não foi diferente. E o que aconteceu foi totalmente o contrário. Os meios tradicionais migraram e se envolveram com a internet e surgiu uma nova linguagem que é a do jornalismo online. Sobre o jornalismo online, ao meu modo de ver, é o mais complexo de se fazer, visto que você tem que falar múltiplas linguagens o tempo inteiro. É necessário trabalhar peças para as mídias sociais, fazer um vídeo para o Youtube, gravar podcast, são múltiplas e talvez infinitas possibilidades para produzir e reproduzir conteúdos sobre o mesmo assunto”.

O jornalista, empreendedor e publisher do grupo FA de Comunicação – que inclui o portal de notícias Amazônia Press -, Francisco Araújo, falou um pouco sobre a sua trajetória no meio jornalístico e voltado para a comunicação, e comentou sobre o que o influenciou a migrar para essa área.

“Iniciei por volta de 2006 no jornalismo. passei por todos os jornais aqui e sou um apaixonado pelo jornal impresso. No período em que eu estava na faculdade ganhamos inúmeros prêmios e naquela época nós éramos muito competitivos. Quando iniciei aqui nas Boas Novas, comecei no período em que o ministro Gilmar Mendes decretou que não era necessário ter diploma para exercer a função do jornalista e vários colegas desistiram da faculdade, mas eu continuei e dou graças a Deus por isso. Mas antes de ser jornalista graduado, eu já era jornalista por profissão. Teoricamente não era necessário o diploma, mas a educação transforma, abre muitas portas e foi exatamente isso que aconteceu. Tive a oportunidade de trabalhar em todos os jornais aqui e, falando do jornal impresso, sou da época em que se vendiam mais de 100 mil jornais impressos. Hoje, quando olho para ele e vejo um jornal de apenas três páginas é uma sensação muito louca e deprimente para todos que gostamos do jornal”, disse.

“Primeiro iniciei na fotografia, como fotojornalista, e sempre foi uma paixão muito grande, até já fui premiado na Intercom com um ensaio com uma turma. Foram muitas histórias antes de eu chegar no jornalismo online e hoje nós temos o nosso portal Amazônia Press, que iniciou como uma sociedade com o jornalista Antônio Ximenes, que não continuou nesse projeto, mas eu continuei. Nós desenvolvemos uma técnica diferente em relação aos demais portais. Nós não éramos somente o portal e sim um portal com programas de rádio. Sou apaixonado pelo jornalismo. Hoje nós temos o nosso estúdio de podcast Quarto Poder e também um programa na rádio A Voz Das Comunidades. A gente faz de tudo um pouquinho para levar a informação com bastante credibilidade para a população”, finalizou.

Já a jornalista Patrícia Trigueiro destacou: “A minha experiência foi no portal D24AM e lá pude experimentar um pouco de tudo mesmo, seja de rádio, TV, texto para portal e a partir disso comecei a trabalhar em outros portais. Assim eu me encontrei. Em algum momento vocês vão se encontrar em alguma coisa, é o que te chama. Quando criei o meu portal, eu quis fazer o diferencial mesmo. Eu sou jovem e hoje em dia tem as trends das dancinhas e a gente tem que chamar a atenção de alguma forma. Fazemos algumas dancinhas do TikTok dando a informação, às vezes a gente tem que ‘apelar’. O jornalismo online é muito dinâmico”.
A terceira e última roda teve como tema principal “No Olhar das Câmeras: Trajetórias e desafios na atuação do jornalista na TV” e contou com a mediação da jornalista e repórter do Grupo Rede Amazônica, Nainy Castelo Branco, além da contribuição dos jornalistas Breno Cabral (apresentador do Bom Dia Amazonas), Bárbara Mitoso (repórter na TV Norte Amazonas) e Priscila Gama (repórter na Record TV Manaus).

De acordo com a mediadora Nainy Castelo Branco: “A gente vive nesse meio em que todo mundo é conectado, todo mundo tem celular e nele a gente obtém as informações de forma muito rápida. Nós, como profissionais de televisão, temos encontrado os nossos desafios e buscado o nosso diferencial para levar informação de qualidade para quem nos assiste todo santo dia. Nós temos telespectadores fiéis que gostam de assistir jornais e buscar informação da forma que a gente busca dar, que é com clareza, assertividade e intencionalidade. Nós temos que ter a intenção de comunicar e levar a informação a todo mundo que precisa. A nossa área vai muito além das técnicas do jornalismo de escrever diariamente um texto sobre um fato que vamos fazer, mas, acima de tudo, precisamos entender o ser humano, que é aquela pessoa que está ali ao nosso lado todos os dias”.

A jornalista e apresentadora Priscila Gama frisou que o jornalismo é algo dinâmico e que, com a chegada da internet, o jornalista que “já era um bicho ansioso” se tornou mais ainda por ter que se adaptar novamente a mais uma mudança.

“Aqui eu aprendi que o conhecimento liberta e traz possibilidades. A Faculdade Boas Novas tem um diferencial, ela coloca você na prática como se já estivesse no mercado de trabalho. Eu fui condicionada desde a faculdade a ler e escrever bastante, e colocar em prática aquilo que eu almejava para a minha profissão. Eu era uma garota tímida, introvertida, não gostava de falar, sentia medo e ansiedade ao me expor, hoje sou jornalista. Eu tive que me lapidar e me condicionar àquilo que queria me tornar”, disse.

A jornalista Bárbara Mitoso relembrou que “trabalhava como promoter de eventos. Em um dia eu estava no meio de um evento e me ligaram chamando para um teste sendo que não havia mandado currículo para lugar algum e havia sido a Nainy que mandou um vídeo meu para a seletiva. A minha escola foi o Diário, lá trabalhava com impresso, internet, live, TV e rádio. Estava no segundo período da faculdade, não sabia de nada e fui jogada no fogo. Teve uma vez que saí com a Lane Gusmão para aprender mais como era e não consegui escrever uma linha da matéria enquanto ela já estava com ela toda pronta. Voltei para a redação querendo chorar. Me acalmaram dizendo que era só o início e que iria pegar o jeito e hoje consigo fazer uma matéria de três roteiros em duas horas. Persistência e estudo é a chave”.

Apresentador do Bom Dia Amazonas, Breno Cabral iniciou falando sobre a sua rotina cansativa para passar informação com veracidade e qualidade para a população durante as manhãs: “Geralmente acordo 1h30, começo a me arrumar às 2h e preciso estar na TV às 3h. Nós preparamos bem o jornal antes de entrar ao vivo. Muita gente acha que chegamos ali só para apresentar e pronto, mas temos que ralar bastante. Além do Bom Dia Amazonas, também apresento o CBN Pautas do Dia, na CBN Amazonas, e também o Amazônia Rural aos domingos de manhã, também na Rede Amazônica. Sou editor-chefe, editor de texto, editor de imagens. produtor, repórter, apresentador, pai e marido. Eu gosto de comunicar, esse é o ponto. Quando eu comecei, todos os professores diziam para eu desistir, mas eu continuei por gostar de verdade. Mas, realmente, o jornalismo é só para quem é forte”.

Nesta quarta-feira (29) ocorrem as palestras “O início da carreira no jornalismo moderno”, com o repórter Luiz Henrique Almeida; e “Traços que Contam Histórias: A Relevância da Ilustração no Jornalismo”, com o ilustrador e chargista Elvis Braga. No último dia da XI Semana de Comunicação, nesta quinta-feira (30), o evento encerra com uma palestra online voltada para a temática e os desafios do profissional de assessoria de comunicação no mercado de trabalho.

O evento oferece a certificação de 20 horas complementares. As inscrições para alunos e egressos da instituição custam R$ 20, para alunos externos e de pós-graduação custa R$ 25, e para profissionais formados custa R$30.

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